Egressa de uma atmosfera nada sagrada - ainda clandestina de mim. Encontrei-me farta da ociosidade cibernética. Meus olhos secos registraram de tudo, um pouco, nos últimos dias: Uma nação chorar. O melhor do mundo, ser queimado em praça pública. O amor morrer pateticamente risível. O vibrar de dois corpos, oceanos de distância. Um senhor rolar com os porcos, e fazer jus a seu segundo nome. Meu chefe chorar. Um novo amigo nascer num velho. O brotar de cores novas num quarto antigo. Uma ilusão transformar uma vida. Um sonho ser a segunda melhor coisa do mundo, e realizá-lo a melhor. Alguém achar poesias modernistas deprimentes. Materializar em Abu um professor. O ato de planejar ser preciso. Ler inglês tranqüilamente. A publicidade ser afrodisíaco. Cabelo branco nascer em uma jovem. Um homem da lei, encarnar o pior bandido. De fato e de uma vez por todas ninguém me entender. Uma pequena mulher destruir um grande homem. Uma grande mulher ser maior do que ela pensa ser. Viver dias frios perfeitos, mesmo em um país tropical. A leitura curar depressão. Um bom livro se tornar um filme meia boca. Fantasma abocanhar leões. O ressurgir de pessoas submersas nas sombras. Descobrir o pós-moderno. Jazz se tornar o fluido lubrificante do mecanismo. O Chandelle vencer na prateleira. O ler pouco conjugado. O escrever insuficiente. Ter um blog ser tedioso. Um comentário destruir um profile. O orkut separar mais pessoas. Portugueses nada ter das piadas que contamos. Ser possível html e css. Perceber saber menos do que julgava saber. O trabalho ser vital. Achar a paz pertinho. O voto ser um peso. Trabalhar a imagem no escuro ser o ideal. Representar uma sala ser um saco. O constante cair de anjos. Soja fazer bem a pele. O passar das tardes lindas de julho, longe da praia. Colocar letrinhas na rede dar saudade. Homens medíocres. E moleques gigantescos.

Nenhum comentário: