é assim como a luz no coração...

A montagem de um pocket-show em homenagem a Vinicius de Moraes por dois atores (Camila Morgado e Ricardo Blat) é o ponto de partida para reconstituição de uma trajetória sem paralelos no cenário cultural do país.Nascido em 1913 no Rio de Janeiro de família de classe média, Vinicius de Moraes foi testemunha e personagem de importantes transformações na cidade e desenvolveu um dos percursos mais originais e fecundos da cena cultural brasileira do século XX. Formado em Direito, foi poeta erudito, diplomata, autor teatral e crítico de cinema até aproximar-se da música popular.Inovador e transgressor, Vinicius ousou reunir, em 1956, a cultura erudita e popular na peça “Orfeu da Conceição” e foi também autor da sua adaptação para o cinema, “Orfeu do Carnaval”, com direção de Marcel Camus, Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1959, e o Oscar® de Melhor Filme Estrangeiro. A peça, encenada no Teatro Municipal, marcou o início da parceria com Antonio Carlos Jobim. Quando a dupla lançou “Chega de Saudade”, em 1958, com acompanhamento ao violão por João Gilberto, estava fundada a Bossa Nova.Avesso a rótulos e fórmulas, Vinicius desenvolveu vários estilos musicais, como os afro-sambas. Ao lado de parceiros como Carlos Lyra, Chico Buarque, Edu Lobo, Toquinho e Baden Powell, tornou-se um dos letristas mais populares do país. Sua “Garota de Ipanema”, em parceria com Tom Jobim, é uma das músicas mais tocadas em todo o mundo, em todos os tempos. “Se Todos Fossem Iguais a Você”, “Eu Sei que Vou Te Amar”, “Eu Não Existo Sem Você”, “Chega de Saudade”, “Insensatez” ilustram a excelência de seu percurso. Como criador de letras de música e poemas, fez do cotidiano sua matéria prima alimentada pela eterna chama da paixão e busca da felicidade.Mas a trajetória de Vinicius não se restringe a sua imensa vida artística. Sua vida pessoal, marcada por muitas paixões, nove casamentos e amizades duradouras, também é lembrada por raridades encontradas em arquivo, depoimentos de amigos (Chico, Caetano, Antônio Cândido) e familiares.Ao morrer, em 1980, Vinicius de Moraes deixou um legado de 400 poemas reunidos em 12 livros e antologias, e perto de 400 letras de música. Vinte e cinco anos depois, VINICIUS comprova a atualidade do artista através de sua poesia, de sua música, da sua obra, da sua vida.
by: www.viniciusdemoraes.com.br

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