Não quero mudar você. Nem mostrar novos mundos. Porque eu meu amor, acho graça até mesmo em clichês. Adoro esse olhar blasé. Que não só já viu quase tudo, mas acha tudo tão deja vu. Mesmo antes de ver. Só proponho alimentar seu tédio. Para tanto exponho a minha admiração. Você em troca sério, e seu olhar sem sonhos. A minha contemplação. Aí eu componho uma nova canção. Adoro sei lá porque. Esse olhar meio escudo. Em vez de álcool forte. Pede água perrier... Que não quer meu álcool forte, e sim água perrier.

Água Perrier (Adriana Calcanhoto e Antonio Cícero)

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